Novo Ensino Médio: saiba o que muda e o que permanece

 

A chamada “Reforma do Ensino Médio”, aprovada em 2017, deve ser implementada nas escolas brasileiras até março de 2022. Ela deverá estar presente em todas elas (tanto públicas quanto privadas) até 2024. As mudanças previstas englobam dois conjuntos de aprendizagem que irão compor o currículo escolar dos estudantes: a Formação Geral Básica (FGB) e os Itinerários Formativos.

 

Os Itinerários Formativos têm como intuito o direcionamento às áreas específicas do conhecimento, formando uma estrutura curricular flexível e atualizada, aproximando os estudantes da realidade do mercado de trabalho e os preparando para esse cenário.

 

O que muda?

 

A principal mudança que compõe o Novo Ensino Médio consiste em um novo currículo composto por 4 áreas do conhecimento, e não matérias. Há também a inclusão da Formação Técnica e Profissional, composta pelos Itinerários Formativos mencionados anteriormente.

 

Na nova estrutura, até 1.800 horas da carga horária contemplam habilidades e competências relacionadas à: Matemáticas e suas Tecnologias; Linguagens e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.  Com relação à Formação Técnica e Profissional, 1.200 horas são flexíveis e ficam reservadas para ela.

 

O novo modelo de aprendizagem busca o foco na formação de cidadãos e no desenvolvimento de competências e habilidades, com disciplinas integras nas grandes áreas. Isso possibilita ao estudante optar por uma formação dedicada aos seus interesses escolares/profissionais que inclui seu projeto de vida e carreira para o futuro.

 

Vale lembrar que o currículo escolar como um todo ainda será orientado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Estudos e práticas de Educação Física, Arte, Sociologia e Filosofia também permanecem obrigatórios durante o Ensino Médio. Já as disciplinas Língua Portuguesa e Matemática serão obrigatórios nos três anos.

 

As motivações para a mudança

 

A proposta de um novo Ensino Médio surgiu tendo em vista a percepção de uma estagnação dos índices de desempenho dos estudantes brasileiros.

 

De acordo com dados do Anuário Brasileiro da Educação Básica 2020, dentre as etapas da educação básica, o Ensino Médio é a que tem as maiores taxas de abandono, reprovação e distorção idade-série, que significa um atraso escolar de dois anos ou mais.

 

E quais são os benefícios?

 

A implementação traz benefícios para os professores e para os estudantes. Como já mencionado, a principal vantagem dessa reformulação é a possibilidade de o aluno ter mais tempo para aprofundar seus conhecimentos específicos em sua área de maior interesse, preparando-o para o futuro profissional que escolher.

 

Além disso, o Novo Ensino Médio agrega ao desenvolvimento de um projeto de vida e carreira dos estudantes. As escolas deverão dar prioridade para atividades que promovam trabalho em equipe, cooperação, resolução de problemas e conflitos, desdobramento de ideias, reflexão crítica e entendimento de novas tecnologias.

 

É papel da escola preparar os alunos para a realidade do mercado de trabalho, promovendo um tipo de ensino que esteja alinhado às necessidades dos estudantes, tendo em vista a dinâmica do cenário profissional atual.

 

Caso você tenha dúvidas sobre o assunto, o Ministério da Educação (MEC) disponibilizou em seu site uma página com perguntas frequentes e suas respostas. Você pode acessá-la clicando aqui.

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